CPI do Cachoeira PT defende Perillo na CPI, mas exclui Cabral

CPI do Cachoeira PT defende Perillo na CPI, mas exclui Cabral

Falcão defende convocação de Perillo, mas exclui Agnelo e Cabral

Presidente do PT disse que a CPI é importante para mostrar ao eleitor que “nosso governo não dá tréguas à corrupção”

Ricardo Galhardo, iG São Paulo |

 

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse nesta sexta-feira que o único governador que deve, por enquanto, ser convocado pela CPI do Cachoeira é o goiano Marconi Perillo, do PSDB. Embora tenha defendido o aprofundamento das investigações, Falcão excluiu o petista Agnelo Queiroz (DF) e o aliado Sérgio Cabral, PMDB-RJ) da lista.

“É possível que em determinado momento eles (parlamentares da CPI) possam convocar algum governador, principalmente o Marconi Perillo do PSDB”, disse o presidente do PT. Questionado se o tucano é o único da lista, Falcão respondeu: “pelos dados apresentados até agora, sim”.

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Em entrevista, o presidente do PT argumentou que grampos telefônicos não são suficientes para comprovar o envolvimento “nem do Marconi” com o esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Pouco antes, em discurso a prefeitos e parlamentares do PT paulista em um hotel na Grande São Paulo, Falcão acusou Perillo de ter recebido R$ 500 mil do esquema em uma caixa de computador.

 

No discurso, cujo tema foi tática eleitoral, Falcão disse que a CPI é importante para mostrar aos eleitores que “nosso governo não dá tréguas à corrupção”.

Ele admitiu que os candidatos de partidos atingidos pelas investigações devem sofrer desgaste eleitoral, mesmo que não tenham vínculo algum com o esquema de Cachoeira.

Ao citar o senador Demóstenes Torres (sem partido, GO), Falcão fez questão de lembrar que “até um mês atrás ele era do DEM”.

Falcão também aproveitou as ligações entre Cachoeira e um jornalista, reveladas em grampos

da Polícia Federal, para cobrar a criação de um marco regulatório para a mídia.

O presidente do PT incluiu setores da imprensa entre os adversários a serem vencidos nas eleições municipais deste ano e vinculou a grande mídia aos bancos, alvos de críticas recentes da presidenta Dilma Rousseff. Segundo Falcão, alguns órgãos de imprensa estão “conjugados” ao sistema financeiro, com quem teriam interesses comuns.