verão - Vôlei e futebol num pula-pula.

verão - Vôlei e futebol num pula-pula.

 

verão - Vôlei e futebol num pula-pula.
É o bossaball

quadra inflável, um imenso pulapula, com um trampolimEsporte criado por belga invade areias do litoral de SP
REGRAS-São, no máximo, 5 de cada lado da quadra inflável e times podem tocar na bola até 8 vezes

Adriana Moreira SANTOS - A quadra é um imenso pulapula, com um trampolim no meio e uma rede de vôlei separando os dois lados. Os jogadores nunca estão parados e, mesmo sem a bola, parecem gingar o tempo todo, como na capoeira. As jogadas mesclam elementos de futebol e vôlei. Parece confuso, mas toda essa combinação resulta no bossaball, esporte que está percorrendo o litoral paulista neste verão.

A "mistureba" foi criada pelo belga Filip Eyckmans há três anos. E o nome (pasmem!) é uma homenagem à bossa-nova, ritmo do qual é fá. 'Ele admira muito os brasileiros',conta o coordenador do evento, David Atalla. Jogam, no máximo, cinco pessoas de cada lado. Cada time pode dar até oito toques na bola. Normalmente, a partida é por pontos, mas, no evento, a equipe administra o tempo de jogo de acordo com a fila. Segundo Atalla, a idéia é que o esporte se popularize. 'Isso está ocorrendo na Europa', diz. 'A quadra inflável pode ser montada também indoor.'

NADA DE FICAR PARADO

Quem experimentou curtiu a mistura. Em Santos, as amigas Lívia Correia Marques, Mariana Andrade e Gabriela Loureiro, todas de 13 anos, acharam tudo divertido. 'Fica mais fácil de jogar que em uma quadra convencional. A gente consegue pular mais alto', diz Lívia. 'E você não tem medo de se esforçar para pegar a bola, porque se cair, não vai doer.'

Lucas Bocarelli, de 18 anos, jogou com os amigos Khayan Malantrucco, de 16, Letícia Baskerville e Marta Pereira, ambas de 14 anos. "É muito legal! Mesmo enquanto a bola não está na sua mão, você não fica parado. Continua pulando, se divertindo" ,conta Lucas. Letícia, que nunca havia pulado num trampolim, adorou a experiência. 'Cansa mais do que na quadra, mas vale a pena.'

Para completar os times e dar mais ritmo de jogo, os atletas do bossaball tambémenntram em quadra. Emilly Ciardi Silva, de 19 anos, é a única mulher de uma equipe de ll jogadores, mas nem por isso fica para trás. Vinda do futebol, exibe destreza nos saques de bicicleta e luta para não deixar a bola cair. 'Exige condicionamento físico, mas não é difícil', garante.

Já Vinícius Ferreira Silva, de 21 anos, quejoga futebol e vôlei, descobriu ter jeito para a cama elástica. 'Eu ia ser cortado do time, estava difícil me adaptar á quadra. Masquando fui para o trampolim, tudo mudou.'

Quem quiser arriscar umas jogadas no bossaball deve aproveitar que a quadra fica em Caraguatatuba até o dia 4 - a entrada é gratuita. Depois, a novidade deve viajar para o litoral fluminense, o Nordeste e voltar para oRio para os Jogos Pan-americanos, em junho.
Informações: www.bossaball.com.br